5% a menos de custo para seu negócio, faz diferença? E 10%, 15%?
Por Mateus Santos*
A busca pelo entendimento e interpretação dos fenômenos que nos cercam é uma constante na história da humanidade. Introduzido por René Descartes em “O Discurso do Método”, várias formas análise metodológicas foram desenvolvidas ao longo dos séculos. Entre elas, a análise empírica e a análise com instrumentos e metrologias. Embora ambas visem compreender a realidade, suas abordagens e métodos apresentam diferenças que podem resultar em fracasso ou sucesso de uma operação.
A análise empírica valoriza a observação direta dos fenômenos, frequentemente associada à experiência prática e à intuição, sendo uma abordagem mais subjetiva e intuitiva, podendo até ser influenciada pela interpretação pessoal. Já em uma análise com instrumentos e metodologias adota-se uma abordagem estruturada, envolvendo o uso de instrumentos específicos e técnicas estatísticas para coletar e analisar dados de forma objetiva e confiável.
No caso de pneus, sejam eles de bicicletas ou até mesmo OTRs, a análise com instrumentos é infinitamente superior às análises empíricas. É praxe ver motoristas de caminhão e ônibus, em paradas, com seus martelinhos de madeira verificando se os pneus estão calibrados ou não. Pois diferenças pequenas, como 5%, 10% ou 15%, são muito pequenas e na grande maioria das vezes, imperceptível à olho nu, ou feeling humano. Calibragem deve sempre ser feita com aparelhos adequados, nada diferente do que já foi dito em inúmeros artigos e publicações. Porém, a mesma premissa serve para todas as peças do veículo.
Portanto, urgem mudanças culturais nas empresas para que métodos mais técnicos e confiáveis sejam usados para mensurar problemas. Só assim conseguiremos desenvolver uma atmosfera mais profissional no transporte e logística do Brasil.
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* Mateus Santos é engenheiro e mestre em ADM, formado pelas Faculdades Unitri, FGV e UNIALFA. Especialista em pequeno frotista, atua com pneus há mais de 15 anos através da Conquixta Pneus em Uberlândia/MG. Mateus é natural de Formiga/MG e fala sobre mercado, novidades, tendências e tudo que envolver pneus de caminhão e a vida do caminhoneiro autônomo.