Câmara municipal de Béthune-Bruay pretende recuperar 1,25 milhões de euros investidos na fábrica da Bridgestone
Em setembro do ano passado, a Bridgestone anunciou que fecharia sua fábrica de produção de pneus em Béthune, França, em 2021. O conselho municipal de Béthune-Bruay agora afirma que a fabricante de pneus não honrou totalmente os compromissos que havia concordado em 2007, quando o município contribuiu para um investimento de 32 milhões de euros na fábrica. Por isso, exige que a Bridgestone devolva os subsídios que investiu.
Em 2007, a Bridgestone lançou um plano de investimento de 30 milhões de euros para aumentar a capacidade de produção da fábrica, buscando ajuda do estado, da região e das comunidades locais. O auxílio financeiro foi vinculado ao tempo para a criação de 50 empregos.
O acordo celebrado com a comunidade de Béthune-Bruay, Artois-Lys Romane (CABBALR) previa o pagamento de 1,5 milhões de euros “para investimento e criação de empregos relativos ao desenvolvimento da produção de pneus UHP”.
Em troca, a Bridgestone se comprometeu a criar 50 empregos entre 2007 e 2010 – a força de trabalho inicial sendo 1.208 contratos permanentes – e mantê-los “por um período de cinco anos a partir da data de conclusão do programa”, ou seja, até no final de 2015. A união finalmente pagou 1,25 milhões de euros.
A cláusula não foi respeitada
Mas a cláusula não foi respeitada: em 2015 “éramos pelo menos 91” empregos em relação à força de trabalho inicial, explica o vice-presidente da união Steve Bossart, relator do processo. Constatando o descumprimento do compromisso, a cidade havia alertado a Bridgestone em 2016, sem solicitar reembolso.
Hoje, a administração “não está jogando o jogo”, lamenta Steve Bossart. Em meados de setembro, a Bridgestone anunciou a intenção de encerrar a fábrica, que hoje emprega 863 pessoas, até 2021. “Estamos exigindo ressarcimento, é dinheiro público, somos responsáveis” , explicou Steve Bossart, a comunidade que deseja “direcionar” esse dinheiro para o desenvolvimento econômico, porque “com as pessoas que ficarão para trás, haverá necessidades”.
Segundo ele, a presença da fábrica em Bethune gera anualmente 4,4 milhões de euros em receitas fiscais para a união, a cidade e a região.
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