Você já ouviu falar de feed forward?
O papel exercido hoje em diversas corporações espalhadas pelo mundo não pode ser ignorado, mas talvez esteja superestimado!
Basicamente, o feedback é utilizado para que os funcionários dessas corporações saibam se suas ações e desempenho estão alinhados com as visões organizacionais e se as expectativas estão sendo atendidas. Pode servir também como ferramenta de alinhamento e motivação, embora este último seja bastante discutível.
Justamente pelo back, ou voltar, no nome, o feedback provê informações sobre desempenhos atuais frente ações ou acontecimentos passados. Por exemplo, no feedback, um colaborador pode receber a informação que suas habilidades no atendimento aos clientes estão pouco eficazes por determinado motivo, ou de acordo com determinada métrica.
Trata-se de uma avaliação olhando para o passado.
A proposta do feed forward, conceito desenvolvido pelo educador e treinador de negócios Marshall Goldsmith, propõe formar um ambiente de trabalho mais positivo para o futuro, ao mesmo tempo que auxilia os funcionários a superar as barreiras que diminuem sua eficiência e desenvolvimento, o que afeta negativamente sua produtividade e desempenho.
Ao invés de um feedback sobre como foi o seu nível de atendimento aos clientes, aquele funcionário poderá receber sugestões, recomendações e até incentivos sobre como lidar com os pontos que determinaram seu desempenho para que este evolua no futuro de forma mais profissional. Esta é a proposta do feed forward.
A principal mudança prática é uma visão de como uma situação pode ser melhorada no futuro ao invés de limitar toda a análise apenas em algo positivo ou negativo. Deixa em definitivo o cará ter crítico do feedback para ser fortalecedor e revelador, reforçando as relações interpessoais positivas entre membros de uma equipe.
Também permite uma quebra de paradigmas e promove um desenvolvimento em ritmo mais rápido, ao ponto que mostra quais os integrantes daquele time possuem a habilidade de liderança nata ou desenvolvida.
De acordo com uma pesquisa do grupo Gallup no final de 2020, apenas 26% dos entrevistados entendiam que o feedback melhora o desempenho profissional, colocando em xeque a eficiência desse modelo.
As justificativas para tal foram, justamente, um dos pilares do feed forward: a possibilidade de aprender e aplicar novos e eficazes métodos para resolução de problemas e atingimento de objetivos.
O feedback construtivo não afetará a performance no trabalho de um colaborador se não for entregue de forma adequada parra aquele indivíduo, que certamente variará para outro no mesmo time.
Estas conclusões fizeram com que muitas organizações comecem a aplicar o feed forward na busca pelo aumento do desempenho e eficiência de seus funcionários.
Saber a diferença entre as técnicas de feed forward e feedback reforça que o passado é imutável, mas que o futuro é uma folha em branco que pode ser escrita de formas diferentes.
O objetivo final é, sempre, o desenvolvimento interpessoal, fazer com que times e equipes atuem sempre com o máximo de eficiência e viabilizar o melhor futuro possível para as organizações anteciparem as mudanças e ajustes de rota para vencerem os desafios inevitáveis de suas jornadas.
Carlos Barcha é especialista em pneus com 20 anos de experiência no setor automotivo, fundador e CEO da The Consulting Business Solutions. As opiniões e informações aqui expressas são pessoais e não refletem necessariamente o posicionamento destas empresas.