Metaverso e mobilidade

Metaverso e mobilidade

Se você acabou de voltar ao planeta Terra ou ainda não está sabendo que o Facebook (o conglomerado) agora chama-se Meta e vai investir boa parte dos seus lucros no desenvolvimento do metaverso, prepare para isso que promete ser a próxima geração das redes sociais e padrões de interação entre a humanidade.

Sem uma definição precisa, metaverso pode ser vagamente definido como uma realidade digital, relacionada à World Wide Web (www), mas com elementos de redes sociais, realidade aumentada, games online e criptomoedas que permitem aos usuários agir e interagir virtualmente.

Embora a internet do tipo www completará apenas 30 anos em 2022, o metaverso não é algo novo. Em 1999 a Linden Lab desenvolveu o Second Life (SL), um ambiente virtual e tridimensional lançado em 2003 que simula a vida real e social do ser humano através da interação entre avatares, no limiar entre um jogo e rede social.

Muito além do seu tempo, o SL não se tornou uma febre ou uma plataforma relevante, mas na esteira dele temos outros exemplos (mais bem sucedidos) como Roblox, que apostou em concentra-se apenas no lado gaming.

E para explorar o lado mídia social é que o Facebook, agora Meta, está se movimentando.

Mas o que tudo isso tem a ver com mobilidade?

Tudo! A habilidade de mover ou ser movido fácil e livremente, de acordo com o Dicionário Oxford, já vem sendo inserida no mundo virtual com cada vez maior de computadores e tecnologias avançadas de gerenciamento da informação.
Mas com a popularização do metaverso, a mobilidade virtual passa a ser tratada em outro nível ao permitir que as pessoas naveguem em espaços virtuais e viabilizando novos conceitos como o trans-humanismo.

Como em toda ruptura, sentimentos como o medo, a descrença e a ousadia definirão quem vai se aproveitar da melhor maneira das inúmeras possibilidades que surgem.

E a coreana Hyundai parece ter saído na frente com o lançamento oficial do seu “Hyundai Mobility Adventure, em parceria com a Roblox.

A gigante coreana, por sua vez, acompanhou a chinesa SCMP (South China Morning Post, que uniu-se com a Sandbox, subsidiária da Animoca Brands, para trazer uma nova série autêntica de experiências culturais para jogos baseados no metaverso.
Outra gigante do mundo dos games, a Epic, desenvolvedora do Fortnite, está desde abril desse ano trabalhando em seu metaverso, época que a ideia pareceu conquistar Mark Zuckerberg, CEO da agora Meta.

À medida que a mobilidade virtual no metaverso se torna menos inevitável, mais próximos os seres humanos chegarão do trama-humanismo, aumentando nossa mobilidade nesses espaços virtuais.

Resta saber como as empresas e grandes grupos automotivos e de mobilidade enxergarão essa evolução para sobreviverem (ou não) cada vez mais na Matrix.

Carlos Barcha é especialista em pneus com 20 anos de experiência no setor automotivo, fundador e CEO da The Consulting Business Solutions. As opiniões e informações aqui expressas são pessoais e não refletem necessariamente o posicionamento destas empresas.

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