Projeto de Lei 3569/2024: Um retrocesso ambiental e econômico para o Brasil

Projeto de Lei 3569/2024: Um retrocesso ambiental e econômico para o Brasil

O Projeto de Lei 3569/2024, que propõe o fim da reforma de pneus no Brasil, é uma medida altamente controversa, com grandes implicações ambientais, econômicas e sociais. A proposta carece de embasamento técnico e científico, ignorando os benefícios dessa prática, que é essencial tanto para a sustentabilidade quanto para a economia do setor de transportes.

A reforma de pneus prolonga a vida útil dos pneumáticos, contribuindo diretamente para a redução de resíduos sólidos e o uso de matérias-primas como o petróleo. Cada pneu novo consome cerca de 79 litros de petróleo, enquanto um pneu reformado requer apenas 27 litros, resultando em uma economia significativa de recursos naturais. A reforma também evita a emissão de milhões de toneladas de CO2 anualmente, segundo noticiado.

Além disso, a reforma de pneus de carga que é regulamentada pelo INMETRO há anos, garante que esses produtos atendam aos mais altos requisitos de segurança e qualidade. Portanto, o argumento de que pneus reformados não são seguros não possui fundamentação sólida, já que o processo é rigorosamente controlado e segue padrões internacionais.

Se aprovado, o projeto também terá um impacto econômico negativo. Milhares de empregos na indústria de reforma de pneus serão perdidos, gerando desemprego em diversas regiões do país. O setor de transporte, que utiliza pneus reformados como uma alternativa econômica, também será afetado, resultando em aumento nos custos de frete e, consequentemente, no preço final de produtos transportados

Portanto, o PL 3569/2024 não só desconsidera o papel crucial da reforma de pneus na sustentabilidade e na economia, como também ameaça causar sérios prejuízos ao meio ambiente e à sociedade como um todo.

– As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do 54PSI –

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