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Bridgestone ampliará produção de pneus nos EUA até 2027

A japonesa Bridgestone Corporation anunciou que vai ampliar a capacidade de produção de pneus para carros de passeio e utilitários leves em fábricas nos Estados Unidos, como resposta às tarifas de 25% aplicadas pelo governo norte-americano sobre veículos e autopeças importados. A meta é produzir até 2 milhões de unidades adicionais por ano até 2027, […]

por Lara Roibone em 22/05/2025 - Atualizado em 21/05/2025

A japonesa Bridgestone Corporation anunciou que vai ampliar a capacidade de produção de pneus para carros de passeio e utilitários leves em fábricas nos Estados Unidos, como resposta às tarifas de 25% aplicadas pelo governo norte-americano sobre veículos e autopeças importados. A meta é produzir até 2 milhões de unidades adicionais por ano até 2027, com foco principal nas unidades industriais localizadas em Aiken, na Carolina do Sul, e Wilson, na Carolina do Norte.

A estratégia envolve investimentos pontuais na planta de Aiken e o aumento do aproveitamento da capacidade instalada em Wilson. Ao mesmo tempo, a empresa confirmou que vai encerrar as atividades da fábrica de pneus para caminhões em LaVergne, no estado do Tennessee. A produção atualmente realizada ali será redistribuída entre outras unidades nas Américas, incluindo instalações no México e no Canadá, embora detalhes sobre essa redistribuição ainda não tenham sido divulgados.

Desta forma, a Bridgestone pretende atender 60% da demanda norte-americana por pneus de passeio e 70% por pneus para caminhões e ônibus médios com produção local. A empresa também sinalizou a intenção de otimizar globalmente sua cadeia de suprimentos, destacando que, exceto pela borracha natural — isenta das tarifas —, entre 80% e 90% das matérias-primas são adquiridas diretamente nos Estados Unidos.

A fabricante declarou ainda que essa lógica de maximizar a utilização de capacidade industrial será estendida a todas as operações no continente americano. A decisão acompanha uma perspectiva de cenário desafiador: embora as tarifas ainda não tenham afetado diretamente os resultados do primeiro trimestre de 2025, a companhia prevê um impacto negativo de até R$ 1,6 bilhão (US$ 312 milhões) no lucro operacional ajustado até o fim do ano fiscal.

Entre janeiro e março, as vendas da Bridgestone na América do Norte caíram 2% em relação ao mesmo período de 2024, totalizando R$ 14,7 bilhões (US$ 2,87 bilhões). No entanto, o lucro operacional no período subiu 10%, alcançando R$ 1,28 bilhão (US$ 249 milhões). A empresa também mencionou uma possível retração de até R$ 681 milhões (US$ 138 milhões) nos ganhos anuais caso se confirme uma recessão nos Estados Unidos, embora esse risco ainda não tenha sido incluído nas previsões oficiais.

* Com informações Tire Business

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