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Acordo China-EUA pressiona frete marítimo global

O acordo provisório entre a China e os Estados Unidos para reduzir tarifas comerciais firmado recentemente e válido por 90 dias, já está provocando impactos no transporte marítimo. O anúncio, feito no dia 12 de maio, desencadeou uma corrida dos exportadores chineses para aproveitar essa janela temporária, o que tem pressionado os preços do frete […]

por Lara Roibone em 29/05/2025 - Atualizado em 29/05/2025

O acordo provisório entre a China e os Estados Unidos para reduzir tarifas comerciais firmado recentemente e válido por 90 dias, já está provocando impactos no transporte marítimo. O anúncio, feito no dia 12 de maio, desencadeou uma corrida dos exportadores chineses para aproveitar essa janela temporária, o que tem pressionado os preços do frete internacional.

Dados da agência Bloomberg apontam que os custos na rota transpacífica saltaram de aproximadamente R$ 10,2 mil (US$ 2.000,00 ) para cerca de R$ 12,7 mil (US$ 2.500,00) por contêiner de 40 pés. Esse aumento rompe uma trajetória de queda que havia estabilizado os valores em patamares próximos ao equilíbrio nas operações de mercado à vista (spot).

O comércio bilateral entre os dois países vinha encolhendo antes da trégua. As exportações da China para os Estados Unidos recuaram 21% no último mês, enquanto as importações caíram 14%, segundo dados oficiais. A gigante logística A.P. Moller-Maersk estimou uma redução entre 30% e 40% no volume de cargas entre os dois países em abril.

Analistas da consultoria Jefferies indicam que o cenário atual deve acelerar o aumento dos fretes, sustentado tanto pela retomada dos volumes como pela chegada da alta temporada de exportações, que normalmente começa entre junho e julho. O efeito é potencializado pela dificuldade logística em realocar navios de outras rotas, processo que pode levar mais de 40 dias.

Além disso, a redução temporária nas tarifas, que baixam de até 145% para 30%, deve estimular uma onda de exportações represadas, alterando o fluxo de comércio internacional. Isso afeta especialmente países como Vietnã e Tailândia, que haviam se beneficiado do redirecionamento das cadeias de suprimento nos últimos meses.

Com informações Logomex