BREAKING: Linglong anuncia intenção de vir ao Brasil em parceria com a Sunset

Na mídia chinesa já circulam informações sobre a Linglong, que informou ao mercado, através de um documento datado de hoje, suas intenções de criar uma joint venture com a Sunset no Brasil.

Como já anunciamos, a Sunset, proprietária da marca XBRI pneus, está trabalhando para instalar uma nova fábrica no município de Ponta Grossa, no Paraná, com aporte total estimado em US$ 1,19 bilhão (cerca de R$ 8,71 bilhões). O projeto, que já vinha sendo estruturado pela empresa, agora conta com a possível entrada da Linglong como parceira estratégica no investimento e operação da unidade.

Segundo o comunicado, chamado de “Anúncio 17”, a construção da fábrica será viabilizada por meio da criação de uma nova empresa no Brasil, com participação majoritária da Linglong (70%) e da Sunset S.A. Comercial Industrial y de Servicios, que ficará com os 30% restantes. O nome oficial da nova empresa será definido após registro junto aos órgãos brasileiros.

De acordo com a Linglong, a planta ocupará uma área de mais de 1,2 milhão de metros quadrados e terá capacidade para produzir até 14,7 milhões de pneus por ano, incluindo modelos para veículos de passeio, caminhões e uso agrícola. O cronograma prevê o início das obras no terceiro trimestre de 2025, com conclusão em até sete anos.

A previsão é que a planta produza 12,5 milhões de pneus de passeio, 2,5 milhões de pneus para caminhões e ônibus e 600 mil de pneus agrícolas quando atingir sua capacidade máxima.

A entrada da Linglong no projeto faz parte da estratégia global da fabricante chinesa para ampliar sua presença internacional. A companhia informa que o Brasil foi escolhido por reunir condições favoráveis de logística, custos e mão de obra, além de ser um polo importante da indústria automotiva na América do Sul. A produção da nova unidade deve atender também países como Argentina, México, Colômbia e Angola.

O investimento será financiado por meio de capital próprio e empréstimos bancários, e a previsão da empresa é que o projeto gere uma receita anual de US$ 1,06 bilhão quando estiver em plena operação. A unidade também contará com uma usina solar de 35 MW, voltada à geração de energia limpa no local.

Apesar do otimismo, a Linglong ressalta que o projeto ainda está em fase de estruturação e depende de negociações com autoridades brasileiras, aprovações regulatórias e condições de mercado. A empresa aponta riscos relacionados à instabilidade cambial, cenário político e eventuais mudanças na legislação que possam afetar o andamento da construção ou os retornos previstos.