Bridgestone divulga balanço do 1º trimestre de 2025

No primeiro trimestre de 2025, a Bridgestone Corporation atingiu receita global de R$ 37,2 bilhões (US$ 7,3 bilhões), avanço em relação ao mesmo período de 2024. A japonesa sediada em Tóquio manteve o ritmo de crescimento, apoiada principalmente pelas vendas na América do Norte.

Apesar da alta nas vendas, o lucro operacional ajustado recuou levemente, totalizando R$ 3,9 bilhões (US$ 767 milhões) no período. Esse resultado reflete pressões de custo em algumas regiões e iniciativas de reestruturação iniciadas no ano anterior.

Na América do Norte, a companhia faturou R$ 15,3 bilhões (US$ 3 bilhões), equivalente a 98 % do desempenho da região no primeiro trimestre de 2024. Houve melhora na rentabilidade do negócio de pneu de passeio premium e ampliação das vendas de pneus radiais para caminhões e ônibus. O segmento de recauchutagem também manteve elevada participação de mercado e margens estáveis.

Já na Europa, a Bridgestone contabilizou R$ 6,1 bilhões (US$ 1,2 bilhões) em receita, com crescimento moderado frente ao ano anterior, e lucro operacional de R$ 218,3 milhões (US$ 42,8 milhões). A empresa atribui parte desse avanço à “foco no segmento premium” e aos resultados da reestruturação iniciada em 2024. Na América Latina, porém, a receita de R$ 2 596 milhões (US$ 509 milhões) e o lucro ajustado de R$ 66,8 milhões (US$ 13,1 milhões) apresentaram queda anual, em especial devido à desaceleração no Brasil, mesmo com sinais de recuperação na Argentina.

O foco global em pneus de alto valor agregado se manteve na coleção de pneus para passeio de 20 polegadas ou mais, fabricados com a tecnologia Enliten. No canal de reposição, esses produtos corresponderam a 13 % das vendas, enquanto no navegador de Equipamento Original atingiram 32 % do mix. A Bridgestone planeja ampliar ainda mais o portfólio High Rim Diameter – HRD acima de 20 polegadas.

Em produção, a estratégia continua sendo “fazer localmente para vender localmente”, ao mesmo tempo em que se busca “otimizar globalmente” para mitigar riscos geopolíticos. Nos Estados Unidos, serão aproveitados prédios e equipamentos existentes para elevar a capacidade em cerca de 2 milhões de unidades a partir de 2025, com estrutura concluída até 2027. Investimentos pontuais aumentarão a produtividade nas fábricas de Aiken (Carolina do Sul) e Wilson (Carolina do Norte), e a planta de pneus TBR em LaVergne (Tennessee) será fechada em julho de 2025 como parte da “otimização da presença corporativa”.