Estratégia de crescimento da Bridgestone deve se concentrar na reestruturação, no negócio de “soluções” e incursões em áreas fora da fabricação de pneus
A estratégia de crescimento da Bridgestone Corp. para a próxima década inclui um foco maior na expansão de seus negócios de “soluções” e incursões em áreas fora da fabricação de pneus e produtos de borracha. As informações são do plano de negócios da empresa para os próximos 10 anos, divulgado em fevereiro.
Previsto para ser realizado em quatro etapas, o plano de médio prazo será alinhado com o programa de reestruturação da Bridgestone 3.0 em andamento, que visa melhorar a lucratividade nas atividades de pneus e borracha.
Na primeira fase, de 2021 a 2023, a empresa visa reconstruir suas margens por meio de medidas como corte de custos fixos e variáveis e reestruturação da estrutura de fabricação em seu negócio principal de pneus.
Além disso, a empresa se concentrará mais em áreas de crescimento dentro de seus negócios de “soluções”; iniciativas que incluem a expansão de seu modelo de assinatura de pneus, construção de negócios de reciclagem/reforma e ampliação do escopo de sua mobilidade conectada baseada em TI e telemática, como o Webfleet.
Espera-se que as atividades relacionadas a “soluções” contribuam com 20% das vendas totais, ante 16% em 2020.
Durante a primeira fase, a Bridgestone também planeja explorar novos campos de negócios, como reciclagem e robótica leve.
Na reciclagem, a Bridgestone está avaliando tecnologias e oportunidades de negócios na regeneração de sucata de borracha de volta à qualidade de borracha virgem, juntamente com métodos de cura alternativos que tornariam a reciclagem mais fácil. O plano também inclui esforços para aumentar o valor da reforma por meio de várias recapagens.
No geral, a empresa está prevendo vendas de US$ 31 bilhões em 2023, ou quase o mesmo nível da receita revisada de 2019 (assim como fez a Pirelli), quando realizou US$ 1,8 bilhão em vendas, e o desinvestimento pendente do negócio de Produtos de Construção da Firestone na América do Norte forem excluídos.
A Bridgestone também prevê um retorno do lucro até 2023, estimando que gerará US$ 2,6 bilhões em lucros líquidos. Para 2020 impactado pelo COVID, a Bridgestone relatou perda líquida, seu primeiro resultado no vermelho em 70 anos.
Ao mesmo tempo, a margem de lucro operacional ajustada deve quase dobrar para 13%, afirma a empresa.
A segunda e terceira fases da estratégia de recuperação, a serem realizadas entre 2024-2026 e 2027-2029, têm como objetivo reforçar as margens de lucro.
Em 2030, o grupo com sede em Tóquio pretende ter atividades otimizadas dentro dos negócios principais, atividades de soluções totalmente desenvolvidas em um negócio principal e comercializado atividades exploratórias atuais.