Fechamento de fábricas da Michelin: indignação e resistência em Cholet

Fechamento de fábricas da Michelin: indignação e resistência em Cholet

Três semanas após o anúncio do fechamento das fábricas da Michelin em Cholet e Vannes, os funcionários seguem em greve, reivindicando negociações para uma saída digna. A unidade de Cholet, que emprega 955 pessoas, está paralisada desde o dia 5 de novembro, com protestos diários nos portões da fábrica.

No muro que cerca a entrada da unidade, frases como “Cheguei jovem e motivado, saí desgastado e abalado” ilustram a indignação dos funcionários. Segundo a Michelin, o fechamento da fábrica de Cholet e da unidade de Vannes, com 299 empregados, é “inevitável” devido à queda nas vendas de pneus para caminhões e vans, agravada pela concorrência asiática.

Apesar do bloqueio de caminhões, parte dos trabalhadores ainda entra na fábrica a pé, mantendo a produção em ritmo reduzido. Bastien You, representante sindical da CGT, ressaltou que a mobilização busca pressionar a empresa por melhores condições de saída, mas não impede o acesso dos demais empregados ao local.

Para retomar as operações, a Michelin acionou judicialmente sete grevistas, solicitando à Justiça que liberem o acesso ao local. A empresa afirma respeitar o direito de greve, mas condena ações que violem a liberdade de circulação e trabalho. Mas os protestos continuam, com os grevistas substituindo pneus por madeira nas fogueiras após intervenção da polícia e bombeiros.

Com informações da AFP e Le Journal du Pneumatique

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