Frotistas ainda enfrentam desabastecimento e longos prazos de entrega
Apesar da pandemia, o mercado de pneus de carga novos continua aquecido e, principalmente, desabastecido.
Muitos transportadores, lojistas e recapadores reclamam de desabastecimento e longos prazos de entrega de pneus novos, além da escassez de carcaças para recapagem.
Em uma discussão recente nos grupos da Clínica do Pneu, um frotista do estado da Bahia reporta que seus pedidos de pneus Michelin não são atendidos desde maio. Outra frota de Goiás reporta a mesma situação de abastecimento com a Bridgestone, o que os forçou a comprar pneus importados a preços mais altos. Uma segunda frota, de Quirinópolis-GO, afirma que a Pirelli levou 120 dias para entregar seus 300 pneus.
Outro transportador de Curitiba-PR fala sobre os prazos que estão sendo apresentados a ele: Continental pede 120 dias para entregas, Pirelli até 70 dias, a produtora Bridgestone entregou os produtos solicitados, mas depois de 90 dias. Segundo este mesmo transportador, funcionários da Goodyear reportam que sua planta tem três vezes mais volume em pedidos do que é capaz de produzir. Por fim, ele afirma que a Dunlop (Sumitomo) não está atendendo contas diretas, somente sua rede de revendas.
Há também relatos de Belém-PA, que afirmam que a Michelin atende seus pedidos depois de 90 dias de confirmados.
Já os revendedores trazem informações um pouco diferentes. Um distribuidor de Santo André-SP informa que a Kumho entrega seus pedidos após dois dias, nas marcas Marshall e Kumho.
Revendedores do interior do estado de São Paulo dizem que estão sendo abastecidos por determinadas marcas, porém somente em algumas medidas, como a 295/80R22.5. Outras como 275/70R22.5 e 385/65R22.5 estão em falta e podem levar até 60 dias para serem entregues. Um deles afirma ainda que a Michelin vai deixar de abastecê-lo por até 60 dias, enquanto a Pirelli entrega apenas parte dos pedidos colocados.