Lanxess registra prejuízo de R$ 318 milhões no 1º trimestre

A companhia alemã de produtos químicos especiais Lanxess encerrou o primeiro trimestre de 2025 com prejuízo líquido de R$ 318 milhões (cerca de € 57 milhões), uma redução em relação às perdas de R$ 547 milhões (€ 98 milhões) no mesmo período de 2024. Apesar do resultado negativo, a empresa apresentou crescimento de 31,7% no EBITDA ajustado, que passou de R$ 564 milhões (€ 101 milhões) para R$ 743 milhões (€ 133 milhões), impulsionado por ganhos de eficiência e cortes de custos implementados no plano interno chamado “FORWARD!”.

O faturamento manteve-se praticamente estável, alcançando R$ 8,94 bilhões (€ 1,601 bilhão), valor muito próximo dos R$ 8,97 bilhões (€ 1,607 bilhão) registrados no mesmo período do ano anterior. A Lanxess reportou crescimento nos volumes de venda em diversas unidades de negócio, mas os preços médios mais baixos impediram um avanço maior na receita total.

De acordo com Matthias Zachert, presidente do conselho executivo da Lanxess, o cenário econômico global continua desafiador, agravado pelas incertezas geopolíticas e pelas novas diretrizes comerciais do governo dos Estados Unidos, fatores que adicionam pressão sobre o desempenho das indústrias em nível global.

A empresa mantém sua projeção para todo o exercício de 2025, prevendo um EBITDA ajustado entre R$ 3,35 bilhões a R$ 3,63 bilhões (€ 600 milhões e € 650 milhões). Para o segundo trimestre, a expectativa é de crescimento frente aos resultados dos primeiros três meses, embora inferior ao segundo trimestre de 2024, principalmente devido à venda da unidade de negócios de poliuretanos (Urethane Systems).

Essa venda, concluída em 1º de abril de 2025 para a japonesa UBE Corporation, marca a saída definitiva da Lanxess do setor de polímeros. Os recursos da transação serão destinados, em parte, para o pagamento de um título de dívida no valor de R$ 2,79 bilhões (€ 500 milhões) com vencimento em maio deste ano, além de contribuir para a redução do endividamento da companhia.