Lucro da Giti Tire recua 48,9% no primeiro trimestre

A fabricante chinesa de pneus Giti Tire Co. anunciou que seu lucro líquido atribuível aos acionistas no primeiro trimestre de 2025 despencou 48,9%, totalizando R$ 17,78 milhões (23,7 milhões de yuans), contra R$ 34,73 milhões (46,3 milhões de yuans) no mesmo período do ano anterior. A empresa atribuiu a retração principalmente ao disparo dos preços das matérias-primas, que superou o ritmo de crescimento das vendas.

Apesar do revés no lucro, a receita operacional da Giti Tire avançou 4,8%, alcançando R$ 847,5 milhões (1,13 bilhão de yuans). O desempenho foi sustentado pelo aumento nos volumes comercializados, reflexo da expansão em mercados-chave e da adaptação das linhas de produtos às diferentes medidas de pneus exigidas globalmente.

No campo do fluxo de caixa, a companhia reverteu o cenário de saída de recursos observado em 2024, quando houve desembolso líquido de R$ 34,43 milhões (45,9 milhões de yuans). No trimestre encerrado em 31 de março de 2025, o caixa operacional registrou geração líquida de R$ 26,78 milhões (35,7 milhões de yuans), graças ao incremento nos recebimentos de clientes.

Os custos operacionais subiram para R$ 795 milhões (1,06 bilhão de yuans), com destaque para o incremento nos gastos relacionados a matéria-prima e produção, parcelas que concentram a maior parte do aumento. A pressão inflacionária sobre insumos provenientes do mercado internacional foi citada como fator determinante.

Em contrapartida, o balanço patrimonial refletiu robustez, com os ativos totais crescendo 3,6% em relação ao fechamento de 2024, alcançando R$ 3,375 bilhões (4,5 bilhões de yuans) ao fim do trimestre. Esse movimento demonstra a continuidade nos investimentos e a melhoria na posição financeira, ainda que pressionada pelos custos de insumos.

No horizonte, o desafio da Giti Tire será conciliar a estabilização ou redução nos preços das matérias-primas com a manutenção do impulso nas vendas, soerguendo a margem de lucro e garantindo competitividade em um setor cada vez mais sensível às flutuações cambiais e de custos globais.