Mesmo com recuo de 1,9% nas vendas, Michelin mantém otimismo e metas para o ano
A Michelin registrou queda de 1,9% em suas vendas consolidadas no primeiro trimestre de 2025, totalizando € 6,5 bilhões. O recuo foi atribuído principalmente à redução no volume de vendas de pneus para Equipamentos Originais (OE), tendência que se estende desde o segundo semestre de 2024. Apesar disso, o grupo conseguiu compensar parcialmente com um […]
por Lara Roibone em 30/04/2025 - Atualizado em 30/04/2025
A Michelin registrou queda de 1,9% em suas vendas consolidadas no primeiro trimestre de 2025, totalizando € 6,5 bilhões. O recuo foi atribuído principalmente à redução no volume de vendas de pneus para Equipamentos Originais (OE), tendência que se estende desde o segundo semestre de 2024. Apesar disso, o grupo conseguiu compensar parcialmente com um mix de produtos mais favorável e melhorias nos preços praticados, refletindo a valorização da marca e sua capacidade de agregar valor às suas ofertas.
O segmento de pneus para automóveis e motos cresceu 1,2%, impulsionado pelo mercado de reposição e pela forte demanda por pneus de maior valor agregado, como os de 18 polegadas ou mais, que já representam 67% das vendas da marca. Já o setor de transporte rodoviário enfrentou quedas expressivas no mercado OE, principalmente na Europa e na América do Norte, mas conseguiu manter bons resultados no mercado de reposição e nos serviços de gestão de frotas, com destaque para as soluções conectadas.
Nas atividades de pneus especiais, a Michelin viu queda nas vendas para os setores agrícola e de construção — ainda em baixa no ciclo de demanda —, mas foi sustentada pelos bons resultados nas áreas de mineração e aviação, que apresentaram crescimento sólido. As soluções em polímeros compostos registraram leve retração, apesar do desempenho positivo em aplicações industriais de alta tecnologia.
Apesar do cenário de forte volatilidade global, o grupo manteve suas projeções para o ano, prevendo superar o lucro operacional segmentado de 2024 (de € 3,4 bilhões, em taxas constantes) e gerar mais de € 1,7 bilhão em fluxo de caixa livre antes de aquisições. Para 2025, a Michelin aposta na inovação e no fortalecimento de sua presença em segmentos estratégicos como diferencial competitivo.