Michelin suspenderá operações em várias fábricas diante da retração do mercado global
Devido à queda na demanda global por pneus, a Michelin interromperá, nas próximas semanas, a produção em suas fábricas de Troyes e Puy-en-Velay. Durante esse período, os funcionários serão colocados em regime de trabalho parcial.
Inicialmente, as interrupções afetarão as unidades que fabricam pneus especializados, como a de Troyes, focada em pneus agrícolas, e a de Puy-en-Velay, que produz pneus para o setor de engenharia civil.
Segundo o CEO da Michelin, Florent Menegaux, essa decisão foi impulsionada pela “desaceleração da economia mundial, especialmente no setor automotivo, onde as vendas das montadoras caíram entre 20% e 25%”.
Além dessas unidades, o grupo também apontou a redução de atividades nas fábricas de Cholet, Vannes e Tours, responsáveis pela produção de pneus e produtos semiacabados. Essas fábricas vêm enfrentando quedas de produção nos últimos meses devido a problemas estruturais. A Michelin está trabalhando com os sindicatos e as fábricas em busca de soluções para esses desafios.
Em Clermont-Ferrand, na fábrica histórica de Gravanches, os funcionários entrarão em breve em um período de férias de duas semanas, o que permitirá “otimizar a produção local”, segundo a Michelin. A reorganização da planta está prevista para esse período.
Menegaux ressaltou que, apesar das adaptações necessárias à conjuntura econômica, a empresa diferencia entre problemas conjunturais e estruturais. “Nunca fechamos um site por uma questão conjuntural”, afirmou.
A Michelin, que emprega 132.300 funcionários, já havia anunciado em 2021 um plano de redução de postos de trabalho na França, sem demissões forçadas. Nos últimos anos, a empresa também fechou suas fábricas em La Roche-sur-Yon (França) e Bamberg (Alemanha).
Com informações AFP e Le Journal Du Pneumatique