Pirelli, Continental, Michelin e Nokian são alvos de buscas na UE
(Reuters, Bruxelas) – As fabricantes de pneus, Pirelli, Continental, Michelin e Nokian Tyres foram alvo na última terça-feira (30) de uma operação policial realizada por órgãos de defesa da concorrência da União Europeia, como parte de uma investigação sobre a possível existência de cartel no setor.
A Comissão Europeia informou que realizou a operação em vários fabricantes de pneus em diversos países da UE. O órgão executivo do bloco não forneceu mais detalhes.
A italiana Pirelli disse à Reuters que agiu de forma justa e “sempre em total conformidade com todas as regras e regulamentos”.
“A Pirelli informa que está garantindo total apoio às autoridades nas investigações em andamento”, disse um porta-voz da empresa sediada em Milão.
A rival alemã Continental confirmou que as investigações das autoridades antitruste europeias estavam ocorrendo nos escritórios da empresa na Alemanha.
A francesa Michelin disse que foi incluída na investigação da UE e que cumpre rigorosamente as regras de concorrência.
A finlandesa Nokian Tyres disse que sua sede foi alvo da operação e que estava cooperando com as autoridades da UE.
O órgão de fiscalização da UE disse que os produtos relacionados às inspeções são pneus novos de reposição para carros, vans, caminhões e ônibus vendidos no Espaço Econômico Europeu, que inclui países da UE, Noruega, Islândia e Liechtenstein.
“A Comissão está preocupada com o fato de que houve coordenação de preços entre as empresas inspecionadas, inclusive por meio de comunicações públicas”, disse o órgão executivo da UE.
As empresas consideradas culpadas de violar as regras antitruste da UE podem ser multadas em até 10% de seu faturamento global.
Nos últimos anos, a Comissão multou quase uma dúzia de cartéis na indústria automotiva, entre eles fornecedores de rolamentos, bancos, sistemas de freios e até mesmo um cartel que restringiu a concorrência na redução de emissões de poluentes por carros novos a diesel.
Fonte: Foo Yun Chee e Ilona Wissenbach, Reuters
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