Preciso trocar os pneus do meu carro… E agora?

Se você esteve os últimos três, quatro anos, feliz com seu carro já não tão novo assim, mas ficará com ele mais alguns anos, precisará trocar os pneus. Ou, então, se você foi surpreendido com um desgaste acima do que está habituado, vai precisar trocar os pneus antes do momento que trocará de carro.

Seja como for, este artigo cairá como uma luva para este seu momento! Mesmo que você ainda não está passando por isso agora, aproveite para estar preparado e fazer com que a troca dos seus pneus não seja motivo de arrependimentos toda vez que der a partida no seu carro.

Uma vez percebida a necessidade de troca dos pneus, quando o indicador de desgaste, ou TWI, estiver em contato com o solo, começamos a pensar na reposição deles e uma série de dúvidas pode vir à mente neste momento: que modelo e marca devo comprar, quais as informações que preciso observar para fazer uma troca que não comprometa o desempenho e a segurança, que valor é caro e que valor é barato, e por aí vai…

Calma, respire e veja como fazer para que tudo saia da melhor maneira possível:

• Descubra o tamanho, modelo e marca dos pneus com os quais seu carro veio equipado de fábrica.
  Algumas montadoras discriminam, no Manual do Proprietário, as dimensões e fabricantes homologados para seus veículos. Neste caso, vá até a revenda da marca citada e opte sempre pelo mesmo modelo que está instalado em seu veículo.
  Não serão raras as vezes que o modelo que equipa seu carro terá saído de linha e não estará mais disponível. Sem problemas! Converse com o revendedor, identifique o modelo sucessor e compre pneus da mesma dimensão, índice de carga e índice de velocidade.

Algumas observações importantes:

• Pneu é mais barato do que aquela câmera fotográfica que o anúncio na TV dizia que custava “menos de um real por dia”. Sim, um pneu também custa menos que um real por dia… O problema é que, quando precisa trocá-los, são dois ou até os quatro de uma única vez!
• Nunca se troca apenas um ou três pneus! Troca-se os dois pneus do mesmo eixo ou os quatro pneus do carro por vez, mantendo os pneus mais novos (menos gastos) no eixo traseiro.
• Se você não sabe o que é o índice de carga ou o índice de velocidade dos pneus no seu carro, não se desespere. Ao lado da dimensão do pneu, existem dois ou três números seguidos de uma letra como, por exemplo, 92H.
  Os números são relativos à velocidade máxima suportada pelo pneu e nunca pode ser inferior à velocidade máxima do carro declarada pelo seu fabricante; já a letra é a máxima carga suportada pelo pneu e nunca pode ser menor que a metade da máxima carga do veículo em seus eixos. Não se desespere caso não faça ideia de como conseguir estas informações: apenas compare os índices que estão nos pneus gastos e veja se os pneus novos têm os mesmos valores.

• Priorize pneus de fabricantes reconhecidos e consolidados no mercado, capazes de oferecer suporte técnico e atendimento no pós venda.
  Este tópico é polêmico, porque invariavelmente esbarramos na questão de qual fabricante é melhor e qual é o pior. Vamos nos limitar a afirmar aqui que pneus para veículos de passeio, pick-ups e comerciais leves do tipo “remold”, recauchutados ou recapados devem ser evitados sob risco de comprometer a sua segurança e de sua família!
  Quanto à qual marca comprar, caso não tenha a sua marca de preferência, privilegie aquela que já equipa o seu carro. Se ainda assim estiver com dúvidas, as principais marcas operando no Brasil são: BFGoodrich, Bridgestone, Continental, Dunlop, Firestone, Giti, Goodyear, Michelin, Pirelli, Toyo, Yokohama. Não significa que outras marcas não citadas são ruins ou não podem ser consideradas, até porque algumas delas são fabricadas nas mesmas fábricas das que foram citadas acima e, outras, não têm uma operação consolidada como estas.
• Um pneu não é necessariamente melhor ou pior que outro unicamente por conta de marcações ou símbolos presentes em suas laterais.
  Marcações como M+S, XL (ou Extra Load) e os dados de UTQG de treadwear e temperatura não são elementos decisivos para dizer que um determinado pneu é melhor que outro. Servem apenas para dizer que um pneu é apenas diferente de outro. As reais diferenças entre pneus estão nas suas construções e nos compostos da banda de rolamento.
  Não se preocupe se você não sabe o que é M+S, UTQG e não entende nada de química. O importante é você ter as informações básicas do pneu que precisa trocar, qual o modelo mais indicado para o seu tipo de veículo e uso que faz dele, para poder comparar produtos semelhantes entre fabricantes de boa reputação e fazer o melhor negócio possível.
• Identificando o modelo correto de pneu em função do seu veículo e tipo de uso
  Primeiro, analise o tipo de carro e como é o uso diário: uma pick-up para carregar coisas em um sítio mais isolado, ou um monovolume para caber toda a família ou, ainda, um hatch pequeno para ir e voltar do trabalho durante a semana somente. Pode ser ainda um sedan esportivo usado apenas na cidade ou uma SUV de alta performance usada em todos os tipos de terreno.
  Todo fabricante de pneu tem uma linha de modelos completa que, certamente, vai atender o seu veículo (dimensão, índice de carga e velocidade) e o seu uso diário (desenho da banda de rolamento). O que muda é a faixa de preço onde cada um desses modelos estão posicionados e, por isso, saber exatamente o que você precisa evitará cair em “armadilhas” na hora da compra.

O objetivo deste texto é mostrar quais são os pontos mais importantes e realmente relevantes quando chegar a hora de trocar os pneus do seu carro.
Lembrem-se: o pneu é o único elo do seu carro com o solo e, se ele falhar, não importa muito se o carro custa 50 ou 250 mil reais. Por isso, sua segurança e de sua família está diretamente ligada aos cuidados que você terá na hora de manter seu veículo bem calçado.