Sailun inicia produção-piloto no México e na Indonésia

O grupo Sailun deu o pontapé inicial na produção-piloto de pneus em suas novas unidades industriais localizadas em Guanajuato (México) e em Java Central (Indonésia). As operações experimentais começaram no final de maio, precedendo a expectativa de—até o término de 2025—entrar em escala comercial, conforme divulgado pela própria empresa em postagens nas redes sociais.

Em Guanajuato, a linha de montagem foi acionada ainda em maio, enquanto na província de Java Central as esteiras também saíram do modo de teste no mesmo período. Essas fábricas foram erguidas em regime “greenfield” (empreendimento construído do zero, em área antes não industrializada), com foco em assegurar o pleno funcionamento dos processos produtivos antes da ampliação de volume.

Considerada a décima maior fabricante de pneus do planeta, com receitas de cerca de US$ 3,6 bilhões (aproximadamente R$ 18,7 bilhões) no exercício fiscal de 2023, a Sailun destaca essas plantas como peças-chave de sua estratégia de internacionalização. A alocação otimizada de capacidade visa reduzir prazos de entrega e atender de modo mais ágil os mercados externos.

Segundo comunicado da empresa, a unidade mexicana foi planejada para aproveitar os ganhos de uma operação localizada, “a fim de incrementar de forma contínua a competitividade dos produtos e melhor atender à América do Norte, principal mercado automotivo mundial”. A América do Norte refere-se aqui aos Estados Unidos da América (EUA), reconhecido como o maior consumidor de veículos do globo.

Em teleconferência de resultados realizada em 21 de maio, a diretoria da Sailun assegurou que ambas as plantas estão em cronograma para iniciar a produção em escala comercial até o fim de 2025. A nova capacidade irá atenuar riscos relacionados a eventuais barreiras comerciais, como tarifas de importação aplicadas pelos EUA.

O investimento para erguer a fábrica de Guanajuato, em parceria com a TD International Holdings, totalizou US$ 240 milhões (cerca de R$ 1,25 bilhão), com capacidade projetada para produzir 6 milhões de pneus de passeio e para veículos leves por ano. Já o complexo indonésio, em operação experimental desde setembro de 2024, demandou desembolso de US$ 250 milhões (aproximadamente R$ 1,30 bilhão) e terá capacidade anual para fabricar 3,6 milhões de pneus de passeio e 37 000 toneladas métricas de produtos fora-de-estrada (off-highway).