Sindicatos pressionam Michelin por respostas sobre queda de produção em fábricas francesas
Após a Michelin anunciar o fechamento temporário de suas fábricas em Troyes e Le Puy-en-Velay até o final de 2024, a crise do mercado automotivo colocou outros locais da empresa sob observação. Representantes sindicais estão pressionando a presidência do grupo por respostas sobre a queda de produção em três fábricas, após reunião do Comitê Social e Econômico Central (CSEC) no início de outubro.
As preocupações foram desencadeadas por um alerta emitido em junho pelos sindicatos CGT, CFE-CGC, SUD e FO, destacando a situação “preocupante” nas unidades de Cholet, Vannes e Tours, que produzem materiais semielaborados e pneus. Para eles, a falta de respostas por parte da empresa reforça o temor de uma reestruturação iminente.
Um relatório da consultoria Secafi, apresentado na reunião, revelou que a fábrica de Vannes perdeu 40% de sua produção entre 2021 e 2025, enquanto a de Cholet deve sofrer redução similar até 2025. Já a unidade de Joué-lès-Tours viu sua produção de tecidos cair pela metade desde 2017.
A CFDT expressou solidariedade aos 1.500 trabalhadores afetados e defendeu a adaptação das fábricas para torná-las menores e mais ágeis, conforme sugerido no relatório. A Michelin, por sua vez, informou que analisará o relatório e continuará buscando soluções.
Com informações AFP e Le Journal Du Pneumatique